Para quem não lembra, esse é o Tom, co-fundador e “amigo” padrão para todos os inscritos no Myspace (rede social famosa no início dos anos 2000). Tom se livrou de alguns problemas com a venda da plataforma, em 2005, para a News Corporation.
Os antigos usuários da rede social, no entanto, não tiveram a mesma sorte: em 2011, o Myspace vendeu os dados pessoais de todos para uma empresa de tecnologia chamada Viant.
Anos depois, em 2013, foi confirmado o vazamento do banco de dados da plataforma e as senhas e logins dos usuários correm pela deepweb.
Antes que se diga: “Ah, são apenas dados antigos!”, preciso avisar que as consequências podem ser mais sérias do que seus amigos descobrirem que você ouvia “My Chemical Romance”.
Segundo uma pesquisa realizada pelo LastPass (plataforma de gestão de senhas), três a cada cinco usuários reutilizam senhas para seus cadastros online. Ou seja, utilizam atualmente a mesma senha que utilizavam há anos atrás.
Ainda que você não seja parte dessa estatística, o pesquisador Reuben Binns, da Universidade de Oxford, constatou que seus dados da época da adolescência são utilizados, ainda hoje, para ações de marketing individualizadas.
Boa oportunidade para refletirmos sobre a longevidade dos dados pessoais na internet.